quarta-feira, 8 de junho de 2011

Experiência

(Estas são palavras da minha amiga Rafa Gizzi, depois de um tempo aqui com gente no campo missionário!)


QUARTA-FEIRA, 8 DE JUNHO DE 2011
Se eu tivesse a oportunidade de falar apenas uma coisa, depois da viagem missionária¹ que fiz para a Espanha, eu diria: faça uma você também! Só isso.
Pra mim, todos os cristãos deveriam ter uma experiência missionária assim, na prática. Fazer uma viagem dessas é muito mais que se divertir com um grupo de pessoas, que conhecer lugares novos e diferentes, que se inserir em uma nova cultura, ter contato com pessoas distintas e tirar centenas de fotos legais. Fazer uma viagem missionária é conhecer de perto o trabalho realizado por um missionário de nossa igreja. É ver com os próprios olhos onde está sendo aplicada a sua Oferta Missionária de Fé. É conhecer as dificuldades que uma igreja cristã enfrenta em um país diferente do seu. É participar de um culto com irmãos diferentes, numa língua diferente, mas com o mesmo amor pelo mesmo Deus. É cantar, louvar, adorar e orar ao mesmo Deus, estando numa igreja diferente e a milhares de quilômetros da sua igreja de costume. É ver uma bíblia escrita com uma língua diferente, mas com o mesmo conteúdo, a mesma mensagem de amor de Jesus Cristo.
Fazer uma viagem missionária amplia a visão do cristão. Faz a gente quebrar barreiras, compreender o IDE, valorizar os missionários. Você desenvolve amor pelos missionários e pelos membros daquela igreja. Você começa a ler as cartas enviadas por aquela família missionária com outros olhos, começa a prestar mais atenção nas notícias relacionadas ao país em que estão, entende os trabalhos que foram e os que serão realizados, compreende as dificuldades e celebra junto as vitórias. Você sente, inclusive, a vontade de ficar lá e fazer parte daquela igreja, daquela família.
Antes, eu lia as cartas do Pr. Leno Franco² da mesma forma que lia todas as outras cartas missionárias. Lia e achava legal, orava por eles, mas não pensava muito sobre as dificuldades que eles estavam enfrentando. Era uma realidade muito distante pra mim, não me atingia, não fazia questão de parar e pensar no trabalho deles. Apenas os admirava pelo fato de “serem corajosos” por largarem tudo no Brasil e atenderem o chamado de Deus. Eu lia sobre as filhas deles, mas não as conhecia pessoalmente, então elas eram como crianças comuns, que viviam uma realidade um pouco diferente.
Hoje, depois de cerca de 10 dias acompanhando de perto o trabalho missionário e fazendo parte do projeto na Espanha, eu posso compreender cada linha descrita na carta que eles enviam. Hoje eu sonho junto com aquela igreja e choro junto as dificuldades. Hoje eu entendo quando pedem para orar pelas filhas e pelos membros da igreja. Hoje eu conheço aquelas pessoas pelo nome, conheço de perto aquela realidade.
Cristão cômodo
Somos muito acostumados com nossa igreja, nossa zona de conforto. Chegamos a um ponto que celebramos cerca de 10 batismos por mês e achamos, simplesmente, legal. Às vezes nem ouvimos os testemunhos e batemos palmas mecanicamente após a pessoa passar pelas águas. E quando há muitos batismos em apenas um culto? Alguns começam a reclamar da demora... Puxa! Como isso deve magoar o coração de Deus! Quando presenciamos, com os próprios olhos, a dificuldade em trazer uma única pessoa para Cristo em outra nação, como a Espanha, por exemplo, passamos a valorizar de forma incrível cada pessoa que se batiza. Quando comentamos com espanhóis cristãos que “na nossa igreja no Brasil cerca de 10 pessoas se batizam por mês” e vemos o olhar de espanto deles, entendemos o quão é importante uma única vida. Para eles, um batismo por mês é festa! E nós, cristãos acomodados, precisamos disso, dessa paixão por vidas, dessa festa por cada um que aceita a Jesus.
Depois de viver a dificuldade de evangelização na Espanha, depois de participar de trabalhos evangelísticos nas ruas, de orar por aquela nação, de conhecer as dificuldades de aplicação do evangelho por conta da cultura, de entender as estratégias de evangelismo, de conhecer ministérios diferentes, de oferecer amor à quem eu não conhecia... Deus despertou em meu coração o amor por missões. Não que eu agora queira ser uma missionária também, mas no sentido de amar os nossos missionários, apoiá-los, dar mais Oferta Missionária de Fé, orar por cada um... Hoje eu entendo a necessidade de ir por todo o mundo e pregar o evangelho.
Oração
Vi que na Espanha o vício do cigarro é um desafio. Alguns cristãos, mesmo depois de confessarem publicamente a fé em Jesus há um tempo, continuam fumando. Fumar lá é uma questão cultural. Como nós aqui tomamos tereré, lá eles fumam. E eu creio que esse vício pode ser quebrado pelo poder do Espírito Santo. É um dos motivos de oração que eu trouxe de lá: orar para que Deus liberte os cristãos que ainda têm este vício. Eles também são muito fechados para o evangelho, muitos tratam os cristãos com chacotas e não se interessam por nada que tenha vínculo com igrejas evangélicas. Outros entre tantos motivos de oração!
Outros olhos
A igreja do Pr. Leno é pequena e aconchegante. As pessoas são tão amorosas que chegaram a se tornar uma família para mim. Aprendi grandes lições de vida com cada um que conheci lá! Voltei para o Brasil com outra visão de missões, com mais consciência e mais conhecimento do trabalho missionário. Voltei com muito mais amor pelos missionários e muito mais vontade de conhecer e poder ajudar projetos em cada canto do mundo. Voltei repetindo para mim mesma “que bom seria se todos os cristãos tivessem a oportunidade de ter uma experiência missionária transcultural como essa. A nossa igreja seria bem diferente! Daríamos muito mais valor a cada pequeno detalhe da obra de Deus”.
Quando a gente entende de verdade o que é ser missionário, passamos a olhar a vida e as pessoas com outros olhos.

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¹-Viagem realizada de 16/05/2011 a 02/06/2011 por um grupo de 14 brasileiros, onde fizemos trabalhos evangelísticos nas cidades de Huelva, Sevilla, Lepe. Conhecemos ainda Madri e Paris.
²-Pr. Leno Franco é casado, tem duas filhas e é missionário na Espanha.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Lugar de Honra!


Hoje eu quero usar este espaço para fazer algo diferente!

Quero honrar aqui àqueles que foram o começo de tudo isso e também deixar aqui o meu mais sincero agradecimento!

Pr Raw e Pr Márcia!
Hoje, dia 06 de Junho de 2011, faz 14 anos que vocês fizeram uma escolha que não somente definiu muita coisa nas suas vidas como também na minha, e creio que na vida de muita gente.
São 14 anos de ministério em Ponta Grossa e sei que não foram anos fáceis. Sei das lutas e dificuldades, das dores, das perdas, mas também das muitas conquistas e das grandes promessas de Deus sobre suas vidas.
Destes 14 anos pude participar de 10 e a cada etapa deste ministério admiro ainda mais vocês.  Admiro pela perseverança, pela dedicação, pelo amor, pelo zelo, pelo temor a Deus, pela fidelidade, pela sabedoria... ...
Sou fruto do ministério Restauração, ali eu nasci, cresci, aprendi valores, princípios, recebi conhecimento, unção, fui chamada, recebi tratamento, cura, restauração, amor e muito amor e enfim fui enviada! E esse é só o começo. É só o NOSSO começo! Continuo crescendo, recebendo direção, amor, unção, cuidado ....
Ter mentores como vocês, Pr Raw e Pra Márcia, é o meu maior privilégio! ( e vcs sabem o quanto sou sincera nesta declaração).  Mas também custa caro. Custa caro abrir mão de caminhar do seu lado para aplicar tudo o que aprendi com vocês a mais de 11 mil quilômetros de distância!

De coração, Obrigada...
Obrigada por escolherem Ponta Grossa,
Obrigada por serem atentos ao Espírito e por cuidarem tão bem da Sua Igreja!
Obrigado por manterem sempre o foco. Por nunca abrir mão na nossa missão como Igreja!
Obrigada por não levarem em conta as injurias, traições, mentiras, falsas acusações, as rebeliões. Mas permanecerem firmes em meio a tudo!
Obrigado por me apresentarem a Cristo!
Obrigada pela paciência, cuidado e amor comigo!
Obrigada pela disciplina!
Obrigada pela confiança!
E obrigada, muito obrigada, por serem meus maiores exemplos... meus pais!

Com profundo amor e admiração!   ( e saudades! )
Lu